terça-feira, 8 de setembro de 2015

Cientista consegue hackear sensor de carro autônomo usando lasers


Carros autônomos tem potencial para mudar a sociedade, mas a segurança que envolve esta tecnologia precisa de atenção. É o que aponta um pesquisador de segurança, que afirma que é possível hackear um destes veículos que dirigem sozinho usando um laser que fazem os sensores enxergarem objetos que não existem no mundo real, o que poderia até mesmo causar acidentes.
O cientista Jonathan Petit apresentará um estudo detalhando como enganar os sensores Lidar utilizados nestes carros durante a Black Hat Europe, conferência de segurança que acontece em novembro.
Este tipo de sensor usa pulsos de laser para criar uma imagem 3D do mundo, funcionando basicamente como um radar. Eles funcionam como os olhos do carro autônomo, permitindo que eles se orientem corretamente pelas ruas.
Só que Petit percebeu que poderia gravar alguns destes pulsos laser de um modelo comum de Lidar, um Ibeo Lux, e reproduzi-los por meio de um gerador de pulsos. Assim, o aparelho começou a enxergar objetos que não estavam, de fato, em seu caminho. O ataque pode ser realizado a um raio de 100 metros de distância do sensor.
Os relatórios dos testes com o veículo autônomo do Google são promissores em relação à segurança, tanto que o carro até hoje nunca foi culpado de um acidente, mesmo já tendo participado de 16. No entanto, um golpe como esse pode ameaçar a segurança dos ocupantes dos veículos e também das pessoas em volta. O automóvel poderia reduzir sua velocidade repentinamente, cometer erros de direção e até mesmo travar completamente, como um ataque DDoS.
No entanto, o ataque funciona apenas com um modelo de Lidar, o Ibeo Lux usado nos testes. O seu objetivo, no entanto, não era provar que o aparelho é ruim, mas provar que as fabricantes ainda não estão considerando este tipo de ataque.
Segundo o cientista, o ataque foi conduzido com um laser e um gerador de pulsos, mas isso poderia ser substituído facilmente com uma placa Arduino ou um Raspberry Pi.

Via Mashable e IEEE Spectrum  / Olhar Digital

Tiago Albuquerque

Nenhum comentário:

Postar um comentário