Recentemente, o Google liberou para a internet o código-fonte do "Inceptionismo", a ferramenta que a empresa utiliza para entender melhor o funcionamento de sua rede neural de identificação de imagens. Graças a isso, a rede se encheu de imagens lisérgicas, surreais e perturbadoras como as abaixo:
Embora o código-fonte do "Inceptionism" possa ser baixado pelo site do Google, ele exige algum conhecimento técnico (além de alguns programas especializados) para permitir a manipulação das imagens dessa forma.
Como funciona
O Google liberou o código após uma resposta positiva a um post anterior, no qual a empresa explicava como fazia para entender melhor o funcionamento das redes neurais responsáveis por identificar o conteúdo das imagens que o site recebe.
As redes neurais, basicamente, são programas de computador desenvolvidos pelo Google que conseguem dizer, ao analisar uma foto, o que ela contém. Para ser capaz disso, elas são "treinadas": recebem milhões de fotos que contém cachorros, por exemplo, e ao analisá-las conseguem entender mais ou menos o que significa "cachorro" digitalmente.
Cada rede neural é composta, segundo o Google, por dez a trinta camadas de "neurônios" artificiais, cada um responsável por analisar um aspecto da imagem. E, embora os pesquisadores tenham controle sobre alguns parâmetros do código, pouco se sabe sobre o que cada camada faz exatamente.
O "inceptionism" foi um código desenvolvido pela empresa para tentar entender melhor o que cada uma dessas camadas faz. O software recebe uma imagem e permite que o usuário escolha uma camada da rede neural para trabalhar sobre a imagem. Cada camada escolhida gera resultados diferentes.
Para produzir imagens ainda mais abstratas, a empresa testou usar o código para passar uma imagem por uma das camadas, depois dar zoom em um pedaço da imagem, e passar o resultado por outra camada (ou pela mesma camada novamente).
Após diversas iterações, a imagem resultante é, frequentemente, completamente irreconhecível (e bizarra). O google criou até mesmo uma "galeria do inceptionism" com alguns dos resultados mais chocantes de suas experimentações com o código e as redes neurais.
Fonte: Olhar Digital
Tiago Albuquerque
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